As organizações sabem que o treinamento de seus funcionários é crítico para o negócio e, portanto, imprescindível. Muito se investe na qualificação de funcionários, em treinamentos técnicos e comportamentais, visando o desenvolvimento de competências técnicas e humanas. Mas qual a eficácia real dos treinamentos? Quanto de conhecimento é, efetivamente, retido?

Estudos chegam a apontar que as pessoas esquecem 70& daquilo que aprendem nos treinamentos, em apenas 24 horas! Muito embora este não seja um dado cientificamente comprovado, é sabido que o nível de retenção do conhecimento pós-treinamento é baixo, e se perde com o tempo, caso o funcionário não empregue de imediato aquilo que aprendeu. Portanto, o conhecimento teórico é validado com a prática.

A Andragogia nos ensina que os treinamentos devem ser participativos, sempre voltados para a prática, vivência e experiência dos participantes. Os treinamentos meramente teóricos, além de pouco interessantes, não motivam os alunos a aprenderem, e não contribuem para a retenção do conhecimento.

Como desenvolvedora de materiais de treinamento e autora de vários cursos, compreendo que treinamentos comportamentais nos dão maior oportunidade de incluir vivências e propiciar a intensa participação dos presentes. Mas, quando o conhecimento a ser transmitido é teórico, fica mais difícil formatar um curso que seja envolvente e participativo.

Os encarregados de formatarem treinamentos frequentemente se deparam com a seguinte demanda: a de desenvolverem treinamentos com conteúdos abrangentes, e tempo escasso! Se você tem 100 slides para apresentar em 8 horas, pode ter certeza que não vai fazer mais do que ler slides o dia inteiro, e os participantes vão ter dificuldade em fingir que estão acordados...

Para garantir a eficácia dos treinamentos, o importante não é apenas O QUE vai ser transmitido, mas essencialmente COMO.